Prefeitura completa um ano do 1° encontro Latino-americano do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana

Publicado em 29/05/2020 - 18:03 | Atualizado
Os Restaurantes Populares buscam garantir a segurança alimentar e dignidade das pessoas em situação vulnerável.- Foto:Edvaldo Reis/Prefeitura do Rio

Compromissos assumidos têm sido colocados em prática com iniciativas durante a pandemia

Há exato um ano, o prefeito Marcelo Crivella inaugurava o evento, que aconteceu no Museu de Arte do Rio (MAR), de 29 a 31 de maio de 2019, falando dos principais projetos que a Prefeitura tem trabalhado para oferecer às pessoas alimentos seguros e marcados pela diversidade, que propiciem alimentação economicamente acessível e saudável, em uma perspectiva baseada nos direitos humanos, que reduza desperdícios e conserve a biodiversidade, permitindo adaptação e mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

Ações em tempos de pandemia

A Cidade do Rio de Janeiro tem exercido seu papel de líder regional na promoção da articulação regional em prol da segurança alimentar, o que pode ser visto também pela forma como os compromissos do Pacto de Milão têm sido respeitados e seguidos, a fim de lidar com os desafios do coronavírus.

Restaurantes Populares

Os Restaurantes Populares são um desses projetos, cujo objetivo é fornecer, não apenas segurança alimentar, mas também dignidade para as pessoas em situação vulnerável. Para garantir o direito à alimentação durante a pandemia, a Prefeitura do Rio ampliou o horário de funcionamento nas três unidades de restaurantes (Bangu, Campo Grande e Bonsucesso) e incluiu o serviço de jantar pelo mesmo preço das refeições do almoço, R$ 2,00.

A Prefeitura também adaptou a operação dos restaurantes para evitar a contaminação do vírus. Além disso, para ajudar grupos vulneráveis e pessoas com mobilidade reduzida que vivem em comunidades pobres, os três Restaurantes Populares estão aceitando pedidos de associações de moradores, que podem comprar até 100 refeições para levar a quem precisa.

Cestas básicas

A Prefeitura, também, está atuando para minimizar o impacto da pandemia de coronavírus no acesso a alimentos. Cerca de 50.000 cestas básicas estão sendo distribuídas a trabalhadores informais, taxistas autônomos e vendedores de rua.

Vale-alimentação para alunos

No que se trata da alimentação dos alunos das escolas públicas, com o objetivo de garantir a segurança nutricional de todos, após o fechamento das escolas públicas, a Secretaria Municipal de Educação está distribuindo vales de alimentos no valor de R$ 100, que podem ser recarregados mensalmente, para a compra de alimentos nos supermercados, enquanto as escolas estiverem fechadas.

Relatório Saudável

O município também vem reforçando a adoção de cuidados de rotina voltados ao meio ambiente e à alimentação e lançou o “Relatório de Alimentação Saudável” sobre normas, protocolos e legislação existentes que contribuem para minimizar os riscos de contaminação do novo vírus e outras doenças, como gastroenterite por manipulação de alimentos.

Hortas Cariocas

Toda a produção de hortaliças do Programa Hortas Cariocas (agricultores urbanos) agora será doada às 42 comunidades que já fazem parte do projeto. A doação será ampliada com a inclusão de outros alimentos fortificantes, como batata doce, abóbora e mandioca. Cerca de seis toneladas de alimentos saudáveis e de alto valor nutricional serão doadas por mês a famílias que vivem em comunidades de baixa renda e que enfrentam problemas sociais devido à crise do novo coronavírus.
O Programa Hortas Cariocas produz vegetais cultivados exclusivamente com o uso de produtos orgânicos.

3.000 tilápias

Os agricultores urbanos também começaram a produzir peixe, reforçando uma dieta saudável durante a pandemia. Toda a produção será doada para as regiões onde as hortas estão localizadas. A produção de peixe é inédita e se tornará um legado após a pandemia para as fazendas urbanas.
Cerca de 3.000 tilápias – pesando cerca de 2.500 quilos – serão doadas. Esta será a primeira entrega de peixe do programa Hortas Cariocas, após a introdução da tecnologia de aquaponia (cultivo de hortaliças associada à piscicultura) feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Relembrando o Pacto de Milão

O evento foi um marco regional sobre segurança alimentar e nutricional, pois o Rio de Janeiro exerceu papel de liderança regional na promoção do compromisso priorizado no Pacto de Milão.

Junto a especialistas de organizações internacionais e nacionais e de prefeitos e representantes de governos de cidades da América Latina e da Europa, firmou-se a Aliança Latino-Americana para o Pacto de Milão, por meio da Declaração do Rio, que estabeleceu as prioridades para a região latino-americana para incrementar a segurança alimentar por meio de políticas públicas urbanas que contribuam com a sustentabilidade, o fortalecimento da identidade e a redução das desigualdades.

Sobre os participantes

O Fórum reuniu mais de 200 especialistas de vários países da América Latina, além de organizações parceiras como a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), Organização Mundial da Saúde (OMS), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), OPAS/OMS (Organização Pan- americana da Saúde) e o ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos).

Redes da Maré

O evento também contou com a participação do projeto ‘Maré deSabores’, realizado pela Redes da Maré e que funciona há nove anos formando profissionais de cozinha. Nascido da demanda de mães interessadas em aprimorar as dietas dos filhos, o ‘Maré de Sabores’ foi responsável pelo buffet do evento, a partir de um elaborado menu com comidas típicas dos migrantes que ajudaram a formar o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Fora do MAR

No último dia do encontro, uma comitiva de 30 membros da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura da ONU (FAO), junto aos representantes das cidades latino americanas presentes no encontro almoçaram no Espaço de Desenvolvimento Infantil Marechal Hermes, em Botafogo.
Os visitantes tiveram uma mostra do Programa de Alimentação Escolar da Prefeitura do Rio, que oferece diariamente mais de 1 milhão de refeições para os alunos das unidades escolares municipais sob orientação técnica e nutricional do Instituto Municipal Annes Dias.
Argentina, Guatemala, El Salvador, Granada, Belize, Jamaica, Paraguai, Haiti e Nicarágua foram algumas das nações representadas durante o almoço no EDI.

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