Rio de Janeiro se destaca na gestão do lixo e é melhor capital brasileira em Índice de Sustentabilidade Urbana

Publicado em 23/08/2019 - 19:06 | Atualizado em 28/08/2019 - 11:37
Mobiliário urbano instalado na Lagoa, feito com troncos de eucalipto, ipê e amendoeiraMobiliário urbano instalado na Lagoa, feito com troncos de eucalipto, ipê e amendoeira. Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

O Rio de Janeiro é exemplo nacional na gestão do lixo urbano. O município recebeu importante reconhecimento com a divulgação do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) 2019: a cidade foi considerada a melhor capital brasileira na gestão do lixo. O índice, divulgado pelo quarto ano seguido e formulado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) e pela PwC Brasil (filial nacional de uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo), leva em conta os seguintes critérios em relação à política para resíduos sólidos: engajamento da população; sustentabilidade financeira; recuperação dos resíduos coletados; e impacto ambiental.

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade a atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com o fechamento do Aterro de Gramacho e a inauguração do Centro de Tratamento de Resíduos CTR-Rio, em Seropédica. Esta unidade reúne tecnologia de ponta, inédita em toda a América Latina. São recolhidas diariamente, em todo o município, 10 mil toneladas de resíduos sólidos – incluídos nessa conta lixo domiciliar, público, RCC (resíduos de construção civil), grandes geradores e remoção gratuita. A Prefeitura do Rio adotou ainda uma série de medidas sustentáveis que modificam para melhor o tratamento dos resíduos sólidos urbanos:

Rio Novo Olhar – Revitalização de áreas degradadas, pontos críticos de descarte irregular de lixo, praças e áreas de lazer a partir da parceria com diversos órgãos do Município e a iniciativa privada. É feito o reaproveitamento de troncos retirados de remoções de árvores em risco de queda para a construção de mobiliário urbano, bem como utilização de pneus, pallets (estrado de madeira, metal ou plástico utilizado para movimentação de cargas) e outros materiais que iriam para o lixo. Tudo isso é utilizado na confecção de brinquedos, jardins e lixeiras.

Renovação da frota com veículos elétricos – Utilização de novos veículos para coletas domiciliar e seletiva, e remoção gratuita, mais moderna e ágil, com redução na emissão de barulho e monitoramento por GPS. Na coleta de resíduos biológicos em hospitais da rede municipal, estão sendo utilizados veículos 100% elétricos, ambientalmente sustentáveis, com 0% de emissão de gases de efeito estufa e baixíssimo ruído.

Centro de Tratamento de Resíduos – O Rio de Janeiro foi o primeiro município do país a acabar com os lixões e construir o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica, considerado o mais moderno da América Latina.

Papeleiras e contêineres – A Comlurb lançou recentemente dois novos modelos de papeleiras e contêineres sustentáveis na Zona Norte, para teste, confeccionados na própria companhia. No Méier, são 51 papeleiras mais resistentes, chumbadas no chão para inibir o vandalismo e o roubo, feitas com chapas galvanizadas e emborrachadas, a partir de reutilização de sobras de madeira plástica. No Piscinão de Ramos, foram instalados 20 contêineres de 150 litros, produzidos a partir de reaproveitamento de pallets encontrados no lixo e da parte superior das papeleiras que já estão sem condições de uso, com produção artesanal.

 

Nas novas papeleiras idealizadas e produzidas pela Comlurb cabem o dobro de lixo. Elas são confeccionadas com chapas galvanizadas e emborrachadas, a partir de reutilização de sobras de madeira plástica. Foto: Divulgação

 

Usina de biometanização – Construída no EcoParque do Caju, é a primeira Usina de Biometanização da América Latina, que está transformando resíduos orgânicos em Biogás para geração de energia, biocombustível ou condicionador de solos.

Aproveitamento de resto de poda – Conjunto de equipamentos para aproveitamento dos resíduos de poda doado pela cidade alemã de Colônia, que produz composto orgânico para ser aplicado no reflorestamento de encostas e combustível para fornos de cerâmica, substituindo a lenha convencional.

Campanhas de conscientização – Promoção de campanhas de conscientização em escolas municipais e eventos pela cidade, sobre o respeito aos horários de coleta e o descarte correto de resíduos.

Saiba mais sobre o ISLU 2019

O ISLU 2019 mede a adesão dos municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Num levantamento entre cidades com mais de 250 mil habitantes, o Rio de Janeiro ficou atrás apenas de Santos (SP), Niterói (RJ) e Blumenau (SC). Todos esses municípios têm população pelo menos dez vezes menor do que a carioca, o que só reforça o merecido destaque dado à capital fluminense. Veja uma comparação entre os tamanhos das populações e as notas obtidas no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana deste ano:

1) Santos: índice de 0,743 no ISLU / habitantes: 432.957

2) Niterói: índice de 0,742 / habitantes: 511.786

3) Blumenau: índice de 0,737 / habitantes: 352.460

4) Rio de Janeiro: índice de 0,733 (1º lugar entre as capitais) / habitantes: 6.688.927.

O ISLU 2019 foi apresentado durante seminário Resíduos Sólidos e Economia Circular, no Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio.

  • 23 de agosto de 2019
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