Mais 150 ambulantes recebem crachás e passam a trabalhar de forma legalizada no Rio

Publicado em 02/12/2019 - 14:54 | Atualizado
Edgar Araújo Filho, de 65 anos, que vende chaves, disse que o crachá lhe dá mais dignidade. "Fim de humilhações"/ Foto: Edvaldo Reis/ Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta segunda-feira, dia 2 , mais 150 crachás de identificação do Programa Ambulante Legal. O evento, no Palácio da Cidade, reuniu titulares de licenças para comércio ambulante que  atuam em dez bairros da cidade: Copacabana, Leme, Moneró, Penha Circular, Jardim Guanabara, Cocotá, Bonsucesso, Portuguesa, Braz de Pina e Vila da Penha. O prefeito falou da importância do uso responsável do crachá.

– Porque nossa ideia, sobretudo, é oferecer cursos ao ambulante, para que ele se torne um empreendedor legal também. Depois que separamos o joio (em alusão a quem não tiver crachá) do trigo, vamos oferecer vários cursos aos legalizados. No mais, peço que vocês nunca deem propina a quem quer que seja, porque temos que consertar o Rio – disse Crivella.

Maria do Socorro de Lucas, de 58 anos,  que vende roupas feitas à mão na Praia de Copacabana, comentou que agora poderá trabalhar em paz.

 

Maria do Socorro de Lucas, de 58 anos,  que vende roupas feitas à mão na Praia de Copacabana, comentou que agora poderá trabalhar em paz. Foto: Edvaldo Reis/ Prefeitura do Rio

 

– Sou deficiente física, perdi parte da perna esquerda num acidente aos 13 anos, e não podia correr do rapa (fiscalização). Perdi muita mercadoria ao longo dos anos. Agora acabou esse sufoco – agradeceu Maria do Socorro.

Para Edgar Araújo Filho, de 65 anos, que vende chaves, o crachá lhe dá mais dignidade.

– Agora, quando fiscais chegarem, basta eu mostrar o crachá. Não preciso mais me humilhar, tentando provar que meu trabalho é honesto – completou Edgar.

O programa já alcançou 109 bairros na cidade e distribuiu 5.564 crachás com QR code, código de barras bidimensional de resposta rápida que permite não só à fiscalização, mas também à população, acessar informações como o nome, o número de inscrição e as mercadorias que o ambulante está autorizado a comercializar. Além disso, por meio da tecnologia, também é possível verificar o local em que aquele ambulante pode atuar na cidade, respeitando o ordenamento urbano.

Além das regiões contempladas no evento, os bairros de Humaitá, Flamengo, São Conrado, Catete, Laranjeiras, Ipanema, Rocinha, Botafogo, Jardim Botânico, Glória, Leblon, Lagoa, Urca, Gávea, Ricardo de Albuquerque, Pavuna, Coelho Neto, Madureira, Vicente de Carvalho, Marechal Hermes,  Irajá, Ramos, Olaria, Inhaúma, Jacaré, Pilares, Del Castilho, Piedade, Méier, Maria da Graça, Engenho Novo, Cachambi, Higienópolis, Jacarezinho, Engenho de Dentro, Todos os Santos, Água Santa, Lins de Vasconcelos, Abolição, Encantando, Bancários, Riachuelo, Penha, Tauá, Tomás Coelho, Engenho da Rainha , Praia da Bandeira, Arpoador, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Pedra de Guaratiba, Sepetiba,  Ribeira , Freguesia, ,  Jardim América, , Vigário Geral, Zumbi, Parada de Lucas, , Pitangueiras,  Cordovil, Jardim Carioca, Galeão,  Cacuia,  , Feira do Calçadão de Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Saúde, Benfica, Caju, Centro, , Mangueira, Paquetá, Santo Cristo, São Cristóvão, Turiaçu, Anchieta, Barros Filho, Bento Ribeiro, Parque Anchieta, Parque Columbia, Vila Kosmos, , Cosme Velho, Maré, Cascadura,  Vista Alegre, Quintino Bocaiuva, Oswaldo Cruz, Rocha Miranda, Guadalupe, Taquara, Freguesia ( Zona Oeste), Pechincha, Jacarepaguá, Joá, Praça Seca, Vila Valqueire, Anil, Gardênia Azul e Tanque  também já foram alcançados pela política de ordenamento urbano implantada pela atual administração.

Os documentos foram  entregues pessoalmente por Crivella, que lançou o programa em agosto de 2018.  O Ambulante Legal tem o objetivo de organizar e facilitar a identificação dos ambulantes autorizados a trabalhar na cidade, propondo, inclusive, a implantação de políticas públicas de qualificação profissional aos trabalhadores. O programa também observa o comércio da região, de forma que a organização dos ambulantes não cause qualquer prejuízo ou conflito com o comércio estabelecido no local.

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